SETE INFINITUDES

ÁLBUM MUSICAL

A impermanência, em suas curiosas articulações, tem sido o signo de Sete Infinitudes. Este álbum nasce como a trilha sonora de sete concisos documentários, com uma música para cada artista da exposição Tempo Como Verbo. Cada artista é tornado um princípio ou essencialidade, que a música se propunha a evocar. Contingências de um exótico Brasil de 2021 tornou vácuo estes vídeos, mas não as músicas. Órfãos de imagens, estes arquétipos sofreram gentil reificação e foram tomando a concreção de lugares, restritas paisagens que, vistas do alto e com o deslocamento do tempo acelerado, condensam nós de transformação do humano e da vida neste planeta. Então, Caio Amon e a Ío detiveram-se em uma elegante península que, no Cretáceo, mudou a história das espécies. Ou na zona inóspita do Atlântico aconchegante aos naufrágios; ou, ainda, nas bordas de um deserto onde a vida se torna ríspida. Estas e outras infinitudes agora são tornadas marcas no espaço-tempo. Este projeto, ainda em progresso, antevê a criação de uma série de obras entre Caio Amon e a Ío, com um desejo de se aprofundar não só na música, mas na noosfera que silenciosamente a envolve.

O álbum Sete Infinitudes pode ser acessado aqui.

CAIO AMON

Caio Amon é diretor musical e compositor formado pelo Conservatório de Amsterdã, pelo Musicians Institute (Los Angeles) e pela Faculdade de Filosofia da PUCRS. Compõe trilhas para cinema, artes cênicas e visuais, reconhecidas com prêmios no Festival de Gramado (2016), Prêmio Açorianos de Teatro (2019 e 2016) e RBS Histórias Curtas; e participações no Sundance Film Festival, Berlin Film Festival, Clermont Ferrand, Outfest Film Festival, Bienal do Mercosul 2018, FILE 2015 e KinoBeat 2018.

ÍO

Ío é o duo formado em 2003 por Laura Cattani e Munir Klamt, ambos artistas, curadores e pesquisadores, doutores em Poéticas Visuais pela UFRGS com pós-doutorado na UnB. Desde sua criação, a Ío tem realizado obras e exposições que nascem de reflexões abarcando áreas como astronomia, biologia e mitologia. Sua poética oscila entre Eros e Thanatos, e as obras tomam forma por meio de desenhos, fotografias, vídeos e instalações com materiais simbólicos como sal, alumínio, borracha e chocolate. Realizou exposições e projetos multimídia em diversas cidades do Brasil, bem como Uruguai, Argentina e França.